sexta-feira, 17 de junho de 2011

Espelho


Espelho

Um drink à morte, ó meu belo amigo.
A ela que findará meus dias nessa vida.
Pois hoje é o último dia que bebo contigo,
Já amanhã terei minha terra prometida

Não, não chores agora meu fiel amigo,
Brinde comigo à canção mórbida do luar.
Porque o que carrego comigo não é castigo,
E sim, uma imensa vontade de descansar.

Procure se lembrar das noites de grande sorte,
Das mulheres e do vinho até o entardecer,
E hoje faço um contrato com a morte
Antes dos meus trinta quero perecer.

Sabes tu o quanto já colhi nesta vida minha,
Dores e uma imensidão de sombras sem fim.
Hoje mal agüento e esse cansado espírito mal caminha,
As mesmas estradas que hoje nesta mesa deixa-me assim.

Confesso-lhe que vivi muitos amores.
Essa minha vida não foi por demais ruim.
Alguns amores ainda os tenho, os carrego,
Coisas na vida que não deveriam ser concebidas a mim.

Porque meu nobre amigo me olhas desse jeito?
Entende que ti, não deverias ter a mesma face do que eu.
Apesar de carregar a mesma dor que carrego no peito,
Meu destino, não deveria ser o seu.

Mr. Of Darkness

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